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O HOMEM QUE PENSA ENERGICAMENTE EM COISAS ELEVADAS, EMITIRÁ VIBRAÇÕES QUE LEVANTARÃO OS PENSAMENTOS DOS OUTROS [...] — Luiz de Mattos

RACIOCÍNIO E SOFRIMENTO...


Olá Xlaine, Júlio, Giovanni e demais pares da Raciona Lista:

Afirmar que o sofrimento nos chega porque renunciamos ao raciocínio parece-me subjetivar demasiadamente a coisa em si.
 
O raciocínio só nos livra dos erros (tomado o vocábulo aqui no sentido grego da palavra 'pecado' que quer dizer 'não atingir o alvo') na condução do nosso livre arbítrio vez que quando não atingimos nossas metas existenciais (evolucionárias) fazemos emergir o sofrimento -- este, desta forma, para que deixemos de errar e aprendamos a acertar (ou melhoremos nossa pontaria...), ou seja, aprendamos a usar o livre arbítrio com responsabilidade, consequência e discernimento.
 
No entanto, quando o sofrimento nos chega exògenamente, ou seja, fora dos limites de nossa livre volição temos que admitir que não foi por ausência de raciocínio, por exemplo, numa tempestade inopinada que quebra o telhado de nossa casa ou derruba nossa árvore preferida.
 
Assim igualmente quando vamos para o trabalho e somos atingidos por uma bala perdida. Desse modo, "errar" ou "acertar" só é aplicável endògenamente, ou seja, nas circunstâncias de nosso livre e total alvedrio e quer significar, nos ensinamentos racionalistas cristãos, o que é mau ou o que bom para nosso bem-estar, nossa saúde, nossa alegria, etc;Com efeito, o "erro" e o "acerto" não são entidades; são só eventos, ou acidentes, ou incidentes, ou fatos, etc.
 
Assim também o Bem e o mal. É sabido que a "sabedoria" -- como experiência e esclarecimento -- nos livra do mal e nos deixa sob as Luzes da inteligência, da razão e da lógica humana -- esta sim, em busca do maior objetivo desta vida: um caráter íntegro e honrado apesar de tudo...
 
Avante sempre.
 
Pedro Pesce, Vitória-ES/Brasil
 
Colaboração: Mário Marinho de Souza