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O HOMEM QUE PENSA ENERGICAMENTE EM COISAS ELEVADAS, EMITIRÁ VIBRAÇÕES QUE LEVANTARÃO OS PENSAMENTOS DOS OUTROS [...] — Luiz de Mattos

O SENTIDO DA VIDA...


Olá, Amigos(as) da raciona-lista:
 
Somos de entender que a inteligência 'surgiu' antes do sentimento. Este seria uma decorrência da experiência. Com efeito, os grupos tribais da pré-história, em intensa convivência, descobriram com o viver uns com os outros que a ajuda mútua seria melhor que um certo egoísmo suicida; é, repartir a caça pelo grupo seria uma maneira 'inteligente' de a criatura garantir sua própria sobrevivência para quando não fosse tão eficaz em sua caçada isolada.
 
Também o frio: compartilhar de uma fogueira em que muitos cataram toros seria mais cômodo que sair pela floresta sòzinho procurando gravetos.
 
Igualmente, na doença, 'lamber' a ferida de seu próximo seria a garantia que, na sua vez, outrem aliviaria sua dor. Teria nascido assim a solidariedade'. Com essa visão, o 'sentido do prazer' obrigaria àquelas criaturas, de priscas eras, a buscar em seus iguais o conforto para seus males ou, do mesmo modo, adquirindo o conceito do "dar para receber".

 Essa incipiente fraternidade, praticada 'involutàriamente' por milhares e milhares de anos, consecutou na paz tribal onde o interesse coletivo sobrepujou - não sem protestos individualistas, certamente - os laivos particulares de todos os membros. Podemos notar que ali um primitivo livre arbítrio despontava vez que o indivíduo já era obrigado a fazer suas escolhas de bem viver: ou se submetia aos costumes do grupo ou sucumbiria num isolacionismo fatal.
 
O próprio amor de macho-e-fêmea poderá ter surgido pela repetida e contínuada inferência dos machos, tlèticamente mais fortes quase sempre, de que uma fêmea bem tratada (leia-se bem alimentada, bem aquecida, etc) era uma companhia dócil e receptiva.

E assim nossos ascendentes trogloditas iam evoluindo, adquirindo consciência de si mesmos como Seres naturais e Seres sociais; o Ser espiritual viria depois em decorrência de um consectário e superior estágio da Civilização, ou seja, da experiência grupal, em sucessivas tentativas de adaptação às Leis da Vida.
 
Pedro Pesce
 
Colaboração: Mário Marinho de Souza